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Crise hídrica no Rio de Janeiro: aumento nas vendas de filtros de barro


Um dos assuntos mais preocupantes para a sociedade atual é a falta de acesso à água limpa e tratada em alguns lugares do mundo. O Brasil vivencia essa realidade, principalmente no Rio de Janeiro, em função da qualidade da água distribuída pela Cedae que tem apresentado cheiro, gosto e coloração modificados pela presença da geosmina, uma substância produzida por algas que não traz danos à saúde.


A forma mais acessível de consumir água adequada à saúde e sem contaminação é através dos filtros de argila que têm como propriedade principal manter sempre a água fresca, deixando-a em até 5 graus abaixo da temperatura ambiente. Esses filtros contam com um processo de filtragem feita por velas de cerâmica esterelizantes, fabricadas em um material microporoso que retém as partículas sólidas e as impurezas da água.


A Cerâmica Stéfani, com mais de 70 anos e que faz parte do Grupo Stéfani Ribeirão Diesel e exporta para mais de 50 países, produz filtros de argila, muito bem avaliados pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). A empresa é considerada a maior fabricante de filtros de argila do mundo, atingindo a média de 60% da produção nacional.


Esterilização de alta performance


Segundo Emílio Garcia Neto, diretor da Cerâmica Stéfani, o processo de purificação da água é feito através de velas internas que possuem a função de eliminar as impurezas presentes na água, tornando-a mais limpa e segura para consumo. As velas contam com uma parede de cerâmica branca microporosa por fora e carvão ativado na parte interna - o responsável por extrair inclusive o cloro da água. “São as velas que retém as partículas e purificam a água”, explica. Segundo o diretor, a Cerâmica Stéfani investiu em tecnologia e aplicou nanopartículas de prata coloidal nas velas, livrando a água de bactérias. “Dessa forma, conseguimos realizar uma esterilização em até 99% das bactérias”, explica.


CRISE HÍDRICA

Com a crise hídrica no Rio de Janeiro, a solução que grande parte da população encontrou para esterilizar a água para o consumo foi através da filtros de argila com vela de carvão ativado, que reduz as impurezas. Somente em janeiro, a indústria apresentou um aumento de 20% nas vendas para o Estado carioca, comparado com o mesmo período do ano passado. Em janeiro de 2019, as vendas para o Estado foram de 2.500 unidades de filtros de barro e 19.500 unidades de velas esterelizantes. Neste ano, até o momento, a indústria vendeu 3 mil filtros e 23.400 velas para o Rio de Janeiro.


Emílio Garcia Neto explica que o único equipamento capaz de filtrar a geosmina é o com carvão ativado que realiza um tratamento químico da água. As velas funcionam como o coração do produto e é a parte fundamental para que a água tenha um processo de filtragem com excelentes resultados. “Hoje, no mundo, morrem 10 milhões de pessoas por ano por causa de doenças que não existiriam se a água fosse tratada”, explica o diretor, destacando a importância deste processo no consumo diário. De acordo com ele, o filtro possui vela de tripla ação esterelizante com carvão ativado, capaz de reduzir odores, sabores e a presença de bactérias na água.


O consumo da água tratada reduz o risco de doenças como diarréia, verminoses, cólera, febre tifoide, hepatite A e até poliomielite, que podem ser transmitidas através da ingestão de água ou alimentos contaminados com vírus, bactérias ou parasitas. Para evitar estas e outras doenças, uma alternativa simples e de baixo custo, é o consumo de água limpa e sem contaminação.


*Para saber mais sobre o assunto, clique aqui e confira matéria que a Eptv Ribeirão (Rede Globo) produziu.


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